26 abril 2010

Planejar o Futuro

E todo aquele jeito de construir um futuro de antigamente, foi-se tão rápido como uma estrela cadente que a gente acha que viu.
É difícil de acreditar quando minha vó dizia que no tempo dela não era assim e assado, que as garotas ficavam com os rapazes e já criavam planos com ele para dali a cinco anos, no mínimo.
Hoje os planos são de 24h, no mínimo.

Sexo?
Não, não. Esse assunto era proibido!

Hoje é proibido não falar, não fazer.

Mas isso minha vó falava, quem sabe não fosse assim...
...fosse pior!

Tantos reclamam que não tem namoradas, que precisam de alguém, querem um amor, querem se apaixonar e se sentir melhor, mas ao mesmo tempo estes que reclamam não querem se desfazer daquela pessoa que você fica e desfica, ninguém quer ficar sem alguém, mas ao mesmo tempo quer alguém que já não é mais o mesmo alguém que você costuma estar.

É tão difícil o convívio por mais de um mês, uma semana, um dia?

O beijo não tem mais aquele sentido especial de conquista e desafio, hoje é só ir pra uma festa qualquer e sempre terá alguém disposto a dar-lhe um beijo.

Onde fica a parte de valorizar-se?

O que mais alegam é que festa é festa e tem que aproveitar.

Logo dirão que sexo é sexo, então façam com quem quiser, porque é bom.

Os homens estão cada vez mais galinhas e trocam de parceiras como se trocassem de cueca, as mulheres não se valorizam mais, não se dão o mínimo de respeito, ficam com quem tem vontade e dane-se quem julgar isso putismo.

Não existe mais aquela situação de planejar casar-se, noivar, ter um filho e construir uma vida a dois, esse tipo de conceito está praticamente extinto. Raros são aqueles que conseguem criar esse tipo de expectativa de vida.

E ainda assim não sabem porquê estão tão sozinhos.

3 comentários:

Érica Tomazi disse...

É, sou feliz por ter nascido nesta nossa geração, que apesar da vulgaridade e promiscuidade, podemos escolher. Pros rapazes a diferença não é tanta, mas as mulheres da época de nossas avós, sofriam às vezes. Tanto por casamentos arranjados quanto por não gostar mais do pretendente que ela mesma escolheu e se envolveu. Naquela época não tinha divórcio. Minha avó casou-se com 17 anos! Eu não posso acreditar que isso existiu. Crianças casando meeeu. Porque com 17 anos tu não tem noção de vida adulta não, nem vem.
Pelo menos hoje podemos escolher, amar de novo, tentar outro amor, conhecer a pessoa antes de decidir casar com ela, e se ficarmos solteiras ou solteironas não é uma vergonha e sim independência. \o

Unknown disse...

faço parte desse grupo das excessões. namoro a dois anos e meio, isto é, desde os meus 14 anos. antes de namorar, experimentei pouco dessa "orgia" descrita no teu post, mas pra mim já foi o suficiente pra descobrir que não nasci pra isso.
sim, estamos vendo apartamento pra morar junto. sim, faço planos de casar. sim, quero ter filhos com ele.
e não me vejo de outra maneira se não for deste jeito.
foi uma opção minha, todos temos essa escolha e somos livres pra escolher. na verdade, vem muito da educação de cada um recebe em casa e do exemplo que vivenciamos desde o berço.
se agora, as coisas estão do jeito que vemos, imagino como será no futuro, quando meus filhos estiverem na idade de "curtir", que está chegando cada vez mais cedo. as crianças não têm mais aquela infância duradoura, como a dos nossos pais, que brincavam de boneca e carrinho de rolimã até mais ou menos os 15 anos, idade de sair de casa pra trabalhar. não tinham tempo pra pensar em promiscuidades, também não era isso o que a sociedade mostrava, o que aparecia na televisão. todos eram mais reservados, até certo ponto.
vamos ver o que nos aguarda, afinal.

Unknown disse...

Para se planejar o futuro, este deve ser feito entre duas pessoas, reciprocamente, para que então realmente chegue-se a um final feliz! É bem verdade que nos “tempos modernos” podemos fazer escolhas, e afinal, cabe a cada um se expor a tal ponto, para ser considerado o tal “galinha”. Quando a pergunta se é tão difícil o convívio entre as pessoas, acredito que sim! Oras, venhamos e convenhamos que aqui conseguiu conhecer alguém, se envolver e não pensar duas, três vezes: Por que mesmo eu estou com essa pessoa? Puts, não é fácil agüentar uma guria na TPM, e muito menos um guri confuso, estressado com a vida, reclamando sempre! Haja amor, paixão, vontade de estar junto!! A vida é um aprendizado, para se envolver basta querer deixar-se levar, aproveitar ao máximo as oportunidades e saber dar valor ao companheiro (a), sem esperar nada em troca! Confesso que estar sozinha é uma opção e, por bem ou por mal, “antes só do que mal acompanhada”; mas casar, ter filhos, casa, comida, roupa lavada, ser a empregada do marido, olha isso é muito para o futuro, quem sabe de acordo com uma independência financeira, uma união estável e é claro, muito amor para aguentar!