23 março 2010

Visitar

Olá.
Meu nome não é Evandro.
Não tenho 20 anos.
Não sou de Porto Alegre.
Já vi o que era lindo de se ver, me emocionei com as melhores emoções que alguém pode ter, sofri com as tristezas e lamurias, abracei causas e atingi meus objetivos.
Já visitei o que há mais belo para visitar.
Nunca fui pra Europa e nunca fui pro Canadá.
Visitei alguns corações, fui demitido de outros, entrei tão depressa em alguns que quando sai, nem percebi ter entrado.
Visitei pensamentos de pessoas que não tem o que comer, me recomendaram então visitar a luxúria.
Visitei e não quero mais voltar, fui recebido muito bem, mas infelizmente quiseram me empurrar o jantar.
Então procurei visitar a humildade, achei meus amigos e minha família, achei até o mendigo de minha rua, o padeiro da padaria, o frentista do posto de gasolina e olha, encontrei até a filha da vizinha.
Visitei o amor, perguntei quem era o culpado por ele estar tão sozinho lá, então ele disse: Visite o ódio e saberá.
Visitei o ódio. Me receberam muito mal por lá, me perguntaram se eu não tinha nada melhor que fazer e concluíram que não valia a pena amar.
Visitei a alegria e sequer me deixaram entrar, disseram que antes eu devia visitar a simpatia e conhecer o senso de humor. Visitei-os e agora não consigo tirar meu sorriso do rosto. A alegria me recebeu muito bem agora, recebi um convite para fazer companhia com a paz e a guerra.
Eu não sei se isso é preconceito meu, mas eu não gosto da guerra. Ela me parece ser tão rebelde e tão fria, eu prefiro a paz.
Visitei de novo o amor e dessa vez, não tinha ninguém, tinha só um espelho que eu me via.
Hoje me visitaram.
A luxuria ligou e disse que não achou o lugar, a guerra não pode vir porque tinha um homem-bomba lhe visitando.
O amor prometeu que irá voltar trazendo um coração pra me visitar.
Gostei da surpresa que a humildade fez, me trouxe a felicidade.

14 março 2010

A melhor garota do mundo


Essa não é só mais uma história de amor, são pensamentos postos num emaranhado de palavras.
Quero entender das coisas que eu não entendo, das coisas que me impedem de tentar, de arriscar e tentar ser feliz.
Eu não vou dizer que ela era diferente de todas as outras garotas do mundo, ela até era bem parecida com as demais, mas de uma coisa eu tenho certeza, ela era ela. E isso sim, isso deixava-na diferente de todas as demais, ninguém tinha seu sorriso, seu olhar, sua fala, seu carinho e seu jeito de brigar. Talvez isso volte à frase de que ela fosse diferente de todas as outras garotas.
Que assim seja. Ela é diferente de todas as garotas, então.

Tão diferente também comigo, tão diferente na forma de pensar comigo, na forma de achar algum defeito em mim, de achar que comigo tem que ser mais especial, diferente em achar que eu deveria ser diferente de todos os outros também. Por quê?
Eu não queria ser diferente, ela que era diferente, não eu.

Eu era só mais garoto que queria amá-la, que gostaria de se sentir um garoto feliz ao lado da melhor garota do mundo.
Mas, talvez por ela ser diferente, eu também tinha a obrigação de ser diferente, ela tinha de se apaixonar por mim quando estivesse livre para amar só a mim. Ela queria que tudo fosse perfeito, da mesma maneira que eu achava ela perfeita.
Eu tinha que esperar, nada podia dar errado, mas ela era perfeita, ela saberia como resolver as coisas e me amaria, eu tinha certeza.

Era um ex namorado, era problemas de família, de aceitação e até de querer se entregar, eram esses os problemas, sem contar que existia o amor, este deveria ocupar parte do coração dela, mas ocupar o coração dela com várias setinhas dizendo: É ele.

Tinha tudo isso, e era só de tudo isso que eu precisava.

Sabe quando sente aquele sentido diferente de estar envolvido com alguém, mas ao mesmo tempo não estar? É isso, é exatamente isso.

Eu me permitia, eu estava realmente determinado àquilo. Queria ela de qualquer jeito, queria seu amor e seus carinhos, seus beijos e desejos , queria fazer parte de seus segredos, mistérios e queria também que ela pudesse se apaixonar.

E a garota perfeita não é mais tão perfeita! Assim é como você se sente quando está sozinho.
Com o tempo o ex-namorado geralmente vira namorado, ou melhor, re-namorado. Isso é fato, sempre acontece e, agora sim, esta é só mais uma história de amor.
A garota perfeita vira apenas uma garota normal e você vira a pessoa mais idiota do mundo, mas você não fez nada, fez?
Não, claro que não, você não é culpado, você amava ela, ela era a melhor garota do mundo.
Então o que foi?

Você não conseguiu ser o melhor garoto do mundo.


11 março 2010

Você é insubstituível?

Na sala de reunião de uma multinacional, o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça :
"ninguém é insubstituível".

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em
meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o gestor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio.


Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço
e achei muito pertinente falar sobre isso.
Afinal, as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos,
mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças
dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi?
Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato?
Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman?
Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico (até hoje o
Flamengo está órfão de um Zico)?

Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam
e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar.
E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento
direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das
organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em
como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho
de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar
seus 'gaps'.

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se
Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico,
Elvis paranóico... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias,
Obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis,
Resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a
equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes
de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol
do sucesso de seu projeto.

Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em 'melhorar
as fraquezas' de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo
de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas,
Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo.
E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Nunca me esqueço de quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi
pra outras moradas'; ao iniciar o programa seguinte, o
Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim:
"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias ...
e hoje, para substituí-lo, chamamos: ...
Ninguém ... Pois nosso Zaca é insubstituível."

Portanto nunca esqueça : Você é um talento único ...
com toda certeza ninguém te substituirá!

"Sou um só, mas ainda assim sou um.
Não posso fazer tudo, mas posso fazer alguma coisa.
Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso.
O que eu faço é uma gota no meio de um oceano, mas sem ela o oceano será menor."

Portanto exijam valorização pelo que fazem e especialmente pelo que são.


Fonte: Recebido por email, Fernanda Mochado.

09 março 2010

FHC x Lula

































É pouco ou quer mais?

FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia. Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de
consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.


Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas,
elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares,
e não quebrou a previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da
nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo.
Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende
de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada,
reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o
país à liderança mundial de combustíveis renováveis.

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista.. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel,
Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.


Lula, que não entende de mulher nem de negro,
colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por
brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode
fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.


Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar
de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro
dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é
um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

Lula, que não entende de português nem de outra
língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é
respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e
influentes no mundo atual.

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos "States".

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe
interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das
Américas.

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de
bravatas, faz história e será lembrado por um grande
legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.
Alem de receber o premio de estadista GLOBAL

Pense, o que este homem faria, se entendesse de alguma coisa?????????



Fonte: Recebido por email, por Simone Simões, professora de Ed. Física.

08 março 2010

Dia internacional da mulher - Crônica

Já sonhei em ser modelo, atriz, cantora ou qualquer coisa que me colocasse num palco. Já até fiz curso de modelo, depois curso de TV, depois aula de canto, mas tudo isso durou pouco, não fui atrás de nenhum desses sonhos.

Não, eu não uso maquiagem. Talvez porque ao longo do tempo eu tenha aprendido a me aceitar assim, quase exatamente como sou. Talvez porque eu me ache, hoje, mais bonita do que realmente sou. Talvez porque eu não fique esperando a opinião do outro para me sentir assim. Quando eu me olho no espelho, fico feliz no papel de mim mesma.

Sim, eu gosto de aparecer. Isso me diverte e me faz levar a vida menos a sério.

Tenho muitas roupas, sou consumidora compulsiva e ainda estou me curando, lentamente, que é como as verdadeiras curas funcionam. E a cura está em expor meus exageros, transformando o vício em uma coisa boa. Já gastei demais, já me endividei, já sofri por isso, já me culpei. Depois descobri que me culpar só me faria insistir no vício e aí aprendi a me perdoar.

Já sofri por amor, muitas vezes. Já fiz sofrer também. E já perdi amigos, amigas, sei que vou perder mãe, pai, avós, filhos no início da gestação e até namorados, estou sujeita a tudo, assim como qualquer pessoa. Poderei me separar. E isso pode ser bom. Depois disso vou encontrar o amor da minha vida e vou perdê-lo de um dia para o outro. Não, não vai ser fácil. Mas vou reencontrar a alegria. Não morrerei com ele.

Eu só terei a agradecer. Porque amei e fui amada. Porque vou ter um filho que ao sorrir me mostra que valeu a pena. Tá, poderão faltar algumas coisas, mas sempre sobrará amor. E não faltará dizer nada. Nem ouvir.

Já vivi muitas coisas e não me canso de me surpreender com a vida.

Às vezes eu me sinto sozinha, mas não me assusto mais com isso, tenho me achado uma ótima companhia.

Eu me orgulho. Não das minhas perdas, mas da maneira como lido com elas. E de estar completando alguns anos de auto-análise.

Eu já fui filha mais nova de uma família. Já fui mimada. Já fui insuportável. Não fui ouvida. Eu me sentia abandonada. Só falava em tom de choro. Sim, eu me senti feia. Eu cortei os cabelos acreditando que isso iria me deixar melhor. E isso me libertou. Sim, foi uma alegria descobrir que a beleza estava dentro de mim, e não nos cabelos.

Já me tatuei algumas vezes. Isso também me liberta e me ajuda a levar a vida de um jeito mais leve.

Óbvio, eu gosto de me vestir bem. E demorei muito tempo para entender que isso era prioridade pra mim.

Gosto de moda. Não a moda ditada pelo último São Paulo Fashion Week. Gosto de moda na coleção que eu mesma lanço ao fazer minhas escolhas. Gosto do desfile que começa a cada dia na hora de me vestir e essa é a minha forma de fazer moda.

Eu não sou modelo, mas poso de modelo e me mostro sem medo. Ah, e as fotos não têm retoque de photoshop. Eu não tenho uma equipe para me vestir nem para me maquiar.
Eu gosto de aparecer e adoro elogios. Eles fazem do outro o meu espelho e isso é muito bonito. Sei elogiar também e sempre que o faço, é sincero.

Estou em lua de mel com a modelo que existe em mim. Que tem olheiras, varizes, cabelos brancos, rugas, barriguinha e nenhuma maquiagem, ou não.
Eu convivo diariamente com uma ou outra frustração e nenhuma é grande o suficiente para me fazer infeliz. Vejo pessoas à minha volta e muitas delas sofrem também.

E de vez em quando sinto inveja, mas quando isso acontece, procuro a saída mais bem-humorada. É muito bom quando você consegue dar ao outro apenas o melhor que está em você, e eu consigo isso.

Eu ouço som bem alto no carro, coloco os óculos escuros e canto a caminho do trabalho. Sei atrair olhares. Nem todos são bons. Mas aprendi a lidar com isso. Faz parte.

Sou triste e sou alegre. Sou eu.

Eu sou mulher e sou modelo, atriz, cantora. Trabalho num lugar onde posso exercer tudo isso. Construí meu próprio palco.

Eu me acho poderosa, mesmo porque, é comigo que posso contar. Em alguns momentos percebo que a imagem que involuntariamente construí é diferente de mim, mas é parecida também e eu não tenho controle sobre isso.

Ás vezes acordo e penso: Hoje não tem foto. Hoje vou assim. Vestida dos meus sins e dos meus nãos. Vestida de mim mesma. Praticamente nua. Livre de falsas identidades e convidando você a se libertar também. Por quê?

Porque simplesmente sou mulher e não existe como viver sem mim.


Feliz dia Internacional das mulheres.

Crônica narrada e feita por uma mulher, mas adaptada e apreciada por um homem.


Fonte: Cris Guerra, modificado por mim.

01 março 2010

Farsa BBB

Eu sempre achei que isso fosse a maior idiotice da TV, tá, eu assisto, mas assisto só por não ter coisa melhor pra fazer, afinal, passa num horário que as pessoas estão em casa e não tem escapatória, mas vejam, assistam ao video abaixo, repare nas caras de que algo está sendo escondido e aumente o som para ouvir o que o Dourado fala.

Dourado: “Que isso bicho! A gente tá ganhando para ficar, fazer isso. Tem um salariozinho por semana para a gente assistir o Akon.”
Kadu: “Por mês, não é não?”
Dourado: “Por semaninha”
Cacau: “500 por semana”
Dourado: “Tem o semanal e o mensal. Para comer, para se divertir, ver mulher bonita”
Kadu: “Pergar sol”
Dourado: "ver showzinho, piscina, férias, disposição”





Fonte:
Erva-Mate