25 março 2009

A Crise Mundial


É comum, você já viu esse cenário antes. 
Quem sabe até já se acostumou com ele. 
Começa com aquelas crianças famintas da África. 
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele. 
Aquelas com moscas nos olhos. O cenário se sucede. Êxodos de populações inteiras.. 
Gente faminta. 
Gente pobre. 
Gente sem futuro. Durante décadas, vimos essas imagens. No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto. 
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados. 
São imagens de miséria que comovem. 
São imagens que criam plataformas de governo. 
Criam ONGs. 
Criam entidades. 
Criam movimentos sociais. A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá, sensibiliza! 
Ano após ano, discutiu-se o que fazer. 
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta. Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo. Resolver, capicce? 
Extinguir. Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta. 
Não sei como calcularam este número. 
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro. 
Ou o triplo. 
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo. Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse. 
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia:  Bancos e Investidores. Como uma pessoa comentou, é uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar... 
Mas o que importa?
"O nosso almoço tá garantido mesmo..."

Mentor Muniz Neto - Agência Bullet

09 março 2009

Amor [X]

Falar deste assunto tem sido tão complicado para tantas pessoas, eu particularmente tenho fugido desse assunto, as pessoas me pedem para escrever o que tenho a dizer sobre, enfim é chegada a hora de eu me posicionar.

Começo perguntando a você, o que é o amor?

Digo que é um sentimento cujo duas pessoas compartilham até determinado momento da vida, sentimento esse que pode ser mesquinho, bobo, sério, romantico, inexpressivo, intangível.
Cada pessoa tem sua forma de definir o que é o amor,  o ato de praticar amor pode ser definido de diversas formas, você pode fazer amor e você pode dar amor, você pode ser amado e amar alguém.
-Salvo discordâncias.

As pessoas julgam saber o que é o amor, tornam esse sentimento o motivo pela sua infelicidade, se está infeliz consigo, põe culpa no amor, põe culpa que não é amado(a).
Amor é o sentimento mais belo que existe, é a arte de se entregar, é o risco que se corre, é o desejo interminável por alguém, é o simples fato de querer ser amado.
Ninguém consegue não amar, desde aquele nerd até aquele rapaz presenciado, desde aquela gordinha até aquela moça escultural, por trás de cada um existe um amor, existe dois, existe três e acredite, podem existir quantos quiserem, mas isso é fato de se discordar.

Por mais que se tente definir o que é o amor entraremos em séries de assuntos que desencadearão diversas outras séries de assuntos, nem Freud conseguiu definir o que realmente é esse sentimento indefinido.

Entendo que amor é ver defeitos, mas saber relevá-los, só o amor tem o poder de perdoar e não deixar mágoas, só o amor tem o poder de compartilhar únicos momentos ao lado de quem você quer, amor é completamente dependente da amizade, amar alguém é estar feliz enquanto há esse sentimento mútuo entre ambas as partes.
Amor é ver seu cachorro pedir carinho depois de ficar o dia todo sozinho, sem ninguém.
Amor é estar só, mas com alguém.

Amor

06 março 2009

Fones de ouvido

É comum vermos os jovens e até pessoas mais velhas com seus fonezinhos de ouvido, seja em ônibus, caminhando na rua, em filas de banco, enfim, isso virou uma certa "moda".

Vamos voltar ao tempo e reparar que há alguns anos atrás ninguém tinha seus Ipod's, Mp3's, celular com música, etc.
Hoje todos tem, desde o mais pobre ao mais rico. Virou padrão:

"O celular tem que ter câmera e tocar música!!"

Agora analisemos holísticamente e voltando ao lado social, nota-se que as pesssoas tinham uma relação mais simples e mais aberta com qualquer pessoa que chegasse querendo conversar, comentar um fato ou simplesmente dar bom dia, boa tarde ou boa noite.
Daí surgiu modelos de celular com suporte a música, com eles vieram os fones de ouvido, com eles vieram o Ipod, Mp3, 4, 5 ... e com tudo isso veio a tal exclusão social.
Reparem, se a gente entra no ônibus, vai ao banco ou simplesmente analisamos as pessoas da rua,  perceberemos que 5 de 10 estão com seus players, viajando em um mundo individual, às vezes sequer escutam a música que toca, simplesmente estão ligados cada vez mais a seus problemas pessoais e/ou profissionais.

Por que toda essa individualidade forçada? Fazemos coisas que sequer percebemos, estamos cada vez mais nos privando de sermos um pouquinho mais sociável.

Não digo que é ruim ter um celular que toque música, ter um mp3 ou qualquer do tipo, simplesmente é uma crítica e análise do quanto nos submetemos a esse tipo de comportamento.
Depois reclamam que estão sem namorada(o), que não tem amigos, que não estão felizes consigo mesmo.
Nunca disse que música é ruim, em nenhum momento citei que era errado fazer isso, porém vamos nos conter em isso virar uma rotina, certo?

A música não é a melhor saída de seus problemas, se os tem, procure resolvê-los e não escutar música.